-Nanda, quanto tempo iremos ficar aqui? Alana me perguntava, desesperada..
-Calma! Você sabe que estamos correndo perigo. Cochichava.
-Ah! Claro! Como se estivessemos no lugar mais seguro do mundo! Carol argumentou.
-Óbvio que aqui não é melhor esconderijo. Mas você prefere ficar ali fora, com o risco de ser sequestrada? Perguntei.
-Não! Ela respondeu.
-Então fique quieta! Exigi.
Pude perceber que uns caras estranhos ficavam nos rondando. Eles tinham uma expressão fria, o que me assustava. Carol retribui um olhar gelado, o que fez o ''cara estranho'' rugir para ela. Assustei-me. Era notavelmente, que os ''caras estranhos'' eram capangas do ''sequestrador''. Talvez ele mandaste estes para vigiar nossas ações. Eles devem ter percebido a nossa covardia. A medida mais aceita naquela hora era sair de lá o mais rápido possível e ir para um lugar realmente seguro.
Puxei Carol pela mão e sai correndo. Escolhi ir a uma delegacia, mas, pequeno detalhe: não sabia onde ficava uma delegacia. Era difícil achar a solução com a Carol gritando ao meu lado: ''O que você está fazendo, o quê? Socorro!''. Consegui encontrar a saída. Achei melhor ir a um hospital bem movimentado.
Parecia que estava tudo certo e bem bolado. Mas, no meio do meu caminho aparece o tal sequestrador. Ele me jogou contra uma parede. Detectei uma faca na mão direita dele. Aquilo me sufocou. Comecei a me sentir estranha. Senti cheiro de sangue e vi um corte na minha perna direita. Merda. Estava perdendo muito sangue, o que me deu a sensação de fraqueza. Pude perceber gritos e uma multidão, no fundo um leve som de sirene.
Acordei a noite, na cama de um hospital.
Levantei desesperada. Vi minha mãe dormindo em uma poltrona, Carol olhando a janela. Tentei falar, mas saiu uma voz muito horrível, acho que inaudível. Carol percebeu meu esforço e veio falar comigo. Me orientou a ficar quieta pois fiquei fraca com perda de sangue. Ela me cobriu e me perguntou:
-Porque ele queria te sequestrar?
-Não sei. Falei com a minha voz esganiçada.