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Eu quero o seu abraço


Ultimamente, as semanas não vem passado de uma forma desejável. Elas são longas e sombrias. A impressão é de que os dias se passaram com lágrimas e angústias, teimosas nostalgias. Talvez algo conspira contra mim. Ou talvez seja só ilusão. Possivelmente, eu esteja errada em relação a briga com ela. Eu me sinto muito mal, mas talvez a razão seja minha. Não quero perder uma amizade tão longa por alguma coisa boba. Sei que as consequências que virão não serão as mais fáceis de se lidar, mas um sentimento tão complexo merece mais.

Enfim, decidi o meu conceito. O melhor que devo fazer é procurar ela e pedir desculpas. Não foi só ela que errou, talvez, eu tenha errado mais. Procurei ela no colégio, não foi difícil acha-la. Respirei fundo e fui conversar com ela.

-Ana, preciso falar com você! Falei delicadamente.

-Sai daqui... Disse ela, grosseiramente.

-Ana... Repeti seu nome.

-Está certo, o que você quer de mim? Ela perguntou.

-Conversar seriamente, e retirar o peso que hoje habita meu coração. Seria uma maneira rápida de terminar as coisas, não é? Falei, segurando a emoção.

-Terminar o que? Ela perguntou.

-O que aconteceu entre nós! A briga idiota que tivemos e amizade que estou perdendo a cada dia mais. Não desejo, nunca desejei.. Falei, não contendo uma lágrima que atravessou minha face.

-Eu sei que foi infantil da minha parte! Ana afirmou.

-Mas ainda da minha! Fui eu quem proporcionei tudo isso. Ao invés de ir conversar com você, virei as costas, fui grossa. Não tive atitude própria. Atestei, com o choro dominado.

-Luisa, não necessita chorar! Ela comentou.

-Aqui esta o seu presente. Entreguei um embrulho, dentro havia um cordão com a metade de um coração, a outra metade estava em meu pescoço.

-Tudo que fizemos foi falso. Agimos sem pensar achando que isso era o certo. Perdemos fofocas e confissões. Nunca desejei isto. Quero segurar sua mão e na hora de se despedir receber um abraço. Quero você de volta. Relatou ela, colocando o colar em seu pescoço.

-Eu te amo amiga, sempre te amei. Pronunciei a ela, palavras tão valiosas.

-Eu também. Comentou Ana.