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O que posso esperar? Parte II



Corria, desesperada entre este labirinto de pessoas. Tropeçava em malas, esbarrava em pessoas. Precisava de ajuda, pessoas diziam:
_Não podemos dar informações sobre nossos passageiros.

De tão desesperada que estava, esbarrei numa pessoa que a quase fiz ela cair. Ela estava olhando para o alto. Olhei para cima, avistei uma televisão. Nela tinha o painel de voos.

_É tudo que preciso. -Pensei

Procurava ansiosa o voo para a Bélgica. Percebi isto: Bélgica, 08:45. Acompanhado da informação: TAM, porta 3, despacho aberto.

Subi as escadas apressadamente, sabia que não iria suportar a lerdeza de escadas rolantes. Corri para avistar o pátio de decolagens. Observei o avião da TAM na porta 3.

_O avião dele. -Falei feliz, pois ainda havia pessoas desembarcando.

Corri para o lugar onde as pessoas entram para mostrar a passagem e passar pelo detector de metal. Era ele, vestindo a camiseta listrada que eu dei a ele de presente. Corri para abraça-lo. Pude ouvir passos de pessoas correndo atrás de mim e gritando para parar. Mas ali nada era mais importante do que ele.

_Eu te amo. -Falei a ele, abraçando-o.

_Eu voltarei daqui a três meses. -Foram as cinco palavras que ele conseguiu dizer.

Nos beijamos e decidimos que o destino ia dar rumo a nossa história.