Acordei de amanhã em uma sala escura. Cortinais escuras e móveis antigos. Eu estava amarrada em uma cama. Desconfortável. Observei a sala e encontrei meu primo amarrado em uma cadeira, ele ainda estava dormindo. Não entendi o motivo daquilo. Será que seria sequestro? Será que alguém fez aquilo de brincadeira? Será que eu vi algo que não poderia ter visto. Nada me levou a uma conclusão. Simultaneamente, ouço um estrondo vindo do corredor. Ouvi passos apressados e respirações sulfocadas. Poderia ser alguém que quisesse me salvar. Ou pior, me matar. Respirei fundo e pensei no melhor.
-Aqui, aqui! Já abriu esta porta? Ouvia vozes exausta vindo do corredor.
Ouvi algo como ''porta 23, é esta'' quando abriram a nossa porta. Logo quando entraram retiraram meu primo do quarto e vieram desamarrar.
-Prazer, delegado Hughes. O que aconteceu?
-Prazer, Bianca. Não me lembro o que aconteceu!
-Pelo jeito fizeram algo com a menina, venham examina-lá. Falou o delegado as médicos ali presentes.
-O que aconteceu com o meu primo? Perguntei, furiosa com os médicos me examinando.
-Parece que houve uma leve parada respiratória. Afirmou o delegado.
-Ele está bem? Indaguei.
-Algo sim. Falando nisso, você não percebeu algo de diferente com ele? O delegado perguntou, observando o quarto.
-Hughes, deram dormente e um remédio para perder a memória recente! Falou a médica.
-Acordei faz pouco tempo. Tentei responder lutando contra o toque de um celular.
-Desculpe. Falou o delegado, afastando-se.
Minutos depois, ele chegou a mim com cara de aborrecimento.
-Você deve ir urgente ao Hospital Santa Clara, pedido de seu primo! Falou o delegado, com a expressão triste.
Corri para fora, buscando um taxi. O taxi chegou e pedi para ele ir ao endereço. No hospital, perdi á recepção o andar e o número do quarto de Liam. Corri para lá e o encontrei cheio de aparelhos ligados á ele. Havia uma enfermeira.
-Que bom que veio! Comentou ele, com uma voz fraca. Ele estava em estado terminal.
-Sempre estarei ao seu lado. Falei a ele.
-Eu sei. Falou ele, dizendo sua ultima palavra.